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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Um estudo do caso: O Interlocutor de LIBRAS
Por: Vanda aparecida de Goes
Quem é o interlocutor? Ou melhor, á que se designa essa profissão? Muito se ouviu falar do intérprete de Libras, mas subtende-se que essa nomenclatura abrange uma dimensão peculiarmente predisposta á muitos campos e sem procedentes, porque quando falamos em intérprete estamos o correlacionando ao tradutor que tem que para desempenhar seu papel ser fluente em pelo menos duas línguas: A sua de origem e a que vai interpretar ou seja traduzir. Já o interlocutor não há necessidade em ser um exime-no professor de letras com um acervo lexical estupendo e, em contra partida ter uma nata proficiência em LIBRAS, na verdade esse seria o perfil ideal para atender a demanda, mas, devido a falta de profissional habilitados, criou-se o interlocutor, que é um professor passível e flexível de ensinar e aprender , que primordialmente procurar atender as necessidades de seu discente e estar pronto a se capacitar e oferecer o melhor que puder. O aluno surdo não é do professor interlocutor e sim aluno da escola em qual está matriculado e, por conseguinte aluno do professor regente da qual lhe foi atribuído aulas. O papel do interlocutor de Libras é apenas mediar à comunicação e os conteúdos ministrados pelo professor regente habilitado na disciplina em que o professor interlocutor de LIBRAS está mediando. Cabe ao professor regente repassar informações pertinentes dos conteúdos disciplinares a “todos os alunos”, deixo frisado esse jogo de palavras porque muitos professores pensam que o aluno surdo é um problema do interlocutor e muitos nem se dão o trabalho de vir saber se o aluno está entendendo a matéria, já que o seu “problema” está resolvido.Em muitas das vezes o próprio professor interlocutor não sabendo qual é o seu papel, percebendo que seu aluno surdo já em séries avançadas não possui letramento e é um mero copista e também não possui libras suficiente para uma boa comunicação, passa a ser o salva vidas da situação , o próprio anjo que DEUS designou para equilibrar a balança da desigualdade. E esse pobre e infeliz desconhecido da Constituição que exprime o direito de igualdade e dos direitos humanos passa a ser o ministrante de todas disciplinas , inclusive professor de educação de séries iniciais, passa a ser aluno assíduo aos conteúdo exposto em cada aula , o primeiro da sala. O mais aplicado, o mais compenetrado , quando não em contra partida retira esse aluno que chegou até aonde está devido a Leis que garantam sua inclusão , mas , infelizmente não da subsídios, para fazer um contra turno: Alfabetizar em português....Nossa,quanto descaso , quanta discrepância em relação ao meu nobre amigo ou amiga que se tornou o salvador da pátria e que nem ele nem ninguém sabe qual sua verdadeira função. Eu escuto muito falarem:- Se o aluno não atinge será que a culpa não cairá nas minhas costas? Ou ainda: – Se eu estou lá eu quero fazer o melhor! Nem que para isso eu precise começar do zero...

Segundo a o decreto do qual nomeia o professor Interlocutor Lei 2006 de algum artigo e asterisco que não vou abordar por não ter relação com o estudo do caso em questão e quem quiser possuo mais artigos que possuem abordagem nessa dialética (estejam a vontade).Quero parafrasear meu querido leitor dois pontos importantíssimos;

1º: Cabe ao interlocutor possuir imparcialidade, flexibilidade e autonomia de transpor idéias pertinentes aos conteúdos utilizando em suas analogias, formas lexicais e estruturas que norteiam o assunto em questão, para que possua sentido em sua língua materna (L1) e seja internalizado pelo sujeito surdo. Lealdade em que se esta interpretando simultaneamente (agora cabe a nomeação da palavra intérprete). Não tendo responsabilidade ou pretensão de se impor ou dar informações de sua própria autoria. Cabe ainda ao sujeito que se dispõe a ser um interlocutor, a saber, o seu perfil desde a meia do pé ao seu pensamento (este nunca está incluído). O interlocutor precisa ser um pedagogo que esteja interado de todas as situações e condições de sua profissão. Cabe ao interlocutor de forma imprescindível ter o olhar pedagógico e analítico da sua postura e da postura de seu aluno em questão

2º O que não cabe ao professor Interlocutor: Alfabetizar, (esse é o trabalho da escola do matriculado disponibilizando após prévia sondagem de letramento do aluno surdo um professor de reforço ou da sala de recursos) porque é anticonstitucional retirar qualquer aluno de sua sala de aula para aula particular, sendo este matriculado em escola pública cabendo possíveis represálias em jurisdição maior, sendo passível de sérias represálias e exoneração de cargo. O professor interlocutor não precisa de prévios conhecimentos das disciplinas da grade curricular do aluno que está atendendo. O professor interlocutor apenas repassa em Libras informações ministrado em sala de aula não tendo por responsabilidade fazer com que o aluno aprenda e na dúvida do aluno ou na falta de entendimento cabe ao professor regular dar pronto atendimento. Nunca fazer trabalhos dos alunos e sim possibilitar e dar condições para que o aluno surdo os realize. Nunca opinar, criticar ou sugerir qualquer tipo de conteúdo ou desempenho a ser redigida pelo professor regular.

Com certeza eu deixo muitas reflexões e também muitas criticas, mas, o mais importante caro amigo ou amiga, é que somos os escritores dessa nova modalidade e teremos muito ainda o que questionar , muito o que aprender , trocar e reconstruir .Eu estou a disposição do futuro certo e incerto que temos pela frente e você? Posso contar com sua militância nessa jornada?Creio que sim não somos professores por estatus e sim por amor.Viva na todos que está ajudando a construir essa história de igualdade social , soberana e onipotente.









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